Você já pediu para seu filho desligar o celular e ouviu a clássica resposta: “só mais cinco minutos!”? Pois é — esse comportamento é muito mais comum (e mais profundo) do que parece. Pesquisas recentes mostram que os aplicativos e jogos mais populares entre crianças e adolescentes são desenvolvidos para ativar o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina — o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. É o mesmo mecanismo envolvido em vários hábitos compulsivos. A cada nova notificação, fase concluída, curtida recebida ou vídeo recomendado, o cérebro entende: “isso é bom, quero mais”. Com o tempo, essa repetição cria um ciclo difícil de interromper, especialmente em crianças, que ainda estão desenvolvendo autocontrole e noção de limites. ⚠️ Por que isso é preocupante? > Diminui a tolerância ao tédio — crianças passam a não conseguir ficar quietas sem estímulos rápidos. > Reduz a capacidade de foco prolongado. >Aumenta irritação quando o uso é interrompido. Facilita a formação de dependência digital, especialmente em jogos e redes sociais. 👨‍👩‍👧 O que os pais podem fazer? Aqui vão algumas estratégias simples, mas extremamente eficazes: 1. Crie rituais de desligamento (Ex.: 10 minutos antes do fim, avise que o tempo está acabando. Isso ajuda a criança a se preparar mentalmente.) 2. Evite encerrar o uso em momentos de pico emocional Interromper no meio de um jogo competitivo aumenta irritabilidade. 3. Incentive atividades com recompensas reais Música, esporte, leituras curtas, desenho, culinária… Quanto mais o cérebro encontra prazer fora das telas, menos depende delas. 4. Use tecnologia a favor da família Configurações de limite de tempo, modo foco e timers visuais funcionam muito bem. 🌱 Conclusão O problema não é a tecnologia em si, mas como ela foi projetada e como aprendemos (ou não) a lidar com ela. Ao entender esse mecanismo, pais e responsáveis conseguem reduzir conflitos, reforçar hábitos saudáv